Ana Flávia participa de
cinco grupos WEB. O primeiro grupo é do pessoal da associação comunitária do
bairro em que ela mora; o segundo é do pessoal do trabalho; o terceiro é dos
colegas do tempo de faculdade; o quarto é da turma do vôlei de praia; o quinto
é o da família e dos parentes.
O que esses grupos incomuns
têm de semelhante? Ah, eles não conseguem levar a sério as ideias contidas nos
propósitos iniciais de criação de grupos na Internet, eles discutem o tempo
todo política partidária, futebol e tendências religiosas.
Resultado: a cada grupo que
participa, Ana tem a impressão do “mais do mesmo”: as pessoas
discutem, escrevem, copiam, colam e compartilham as mesmas mensagens de sempre.
As pessoas nem sempre se
juntam em grupos para construção positiva de algo. Há grupos cuja predominância
é de construção de desafetos e antagonismos. Isto tem deixado muitas pessoas
decepcionadas com essa situação.
E esses desafetos e
antagonismos invadem o mundo do trabalho, tornando às vezes a vida das pessoas
um verdadeiro inferno por causa de brigas em grupos digitais.
Que fazer então?
É muito difícil evitar
desavenças em grupos digitais, mas a gente pode tomar algumas precauções que
podem tornar os grupos WEB territórios sociais mais propícios à boa convivência
entre as pessoas.
Por exemplo, se você é
administrador de grupo, verifique se houve um acordo entre os participantes
sobre as diretrizes de convivência. Este ponto é vital, pois muitos grupos
começam com um objetivo implícito, como estudar a vida das abelhas da fauna
brasileira e expandem as discussões para grandes problemas políticos,
religiosos ou esportivos.
O bom é que os próprios componentes
estabeleçam como desejam que o grupo funcione. Há administradores que
estabelecem regras para o grupo e deixa a maioria dos participantes chateada
com a imposição. Democracia é um exercício diário. É sempre bom consultar os
outros.
Os administradores precisam
assumir o papel de coordenação da turma. A partir do momento em que uma pessoa
exerce a função de administradora, terá consigo um conjunto de
responsabilidades administrativas, sociais e jurídicas sobre tudo que o grupo
produzir.
Fique atento!
Caso deseje convidar pessoas
para participar do grupo, mande uma mensagem antes, informando sobre a
existência do grupo digital e quais propósitos têm os participantes com a
criação do grupo. Há casos de administradores que enviam convites de forma
indiscriminada e depois percebem que as pessoas saíram logo em seguida, por não
terem sido avisadas da intenção do administrador.
Agora é com você
participante de grupos:
Leia o contrato de convívio
do grupo. Se não houver contrato, pergunte sobre as diretrizes do grupo aos
administradores. Caso não concorde com as diretrizes, pense duas vezes antes de
permanecer no agrupamento. Muitas desavenças acontecem devido a determinados
participantes não estarem alinhados aos propósitos do grupo.
Pense várias vezes antes de
postar conteúdos que não se alinham aos objetivos do grupo. Se você gosta muito
de esporte, procure um grupo de esporte para discutir sobre futebol, por
exemplo. Se gosta de política, há diversos grupos direcionados a essa temática.
Há pessoas que gostam de
conteúdos que são inadequados para menores e saem postando tais conteúdos em
tudo que é grupo. Mas uma vez: se você gosta de conteúdos inadequados, busque
pessoas que gostam disto. Respeite as pessoas de sua comunidade.
Olha, o bom era que as
pessoas se dedicassem a compartilhar conteúdo próprio primeiro, mas o copiar e
o colar conteúdo alheio viraram moda. Somos pensadores das ideias alheias e
tome “encaminhar”.
Em grupos há duas dimensões
entrelaçadas: uma é a gente aprender a conviver com os outros, por isto que são
necessárias as regras de convivências; a outra dimensão se refere à
possibilidade de mostrarmos um pouco a nossa singularidade. Ser singular não é subtrair
os modos de existências dos demais. Em grupo somos semelhantes, diferentes;
precisamos aprender a viver junto, em permanente diálogo.
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Até a próxima!
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