02/12/2019

Dimensões tecnológicas de interesse do educador

Dimensões Tecnológicas





O aprimoramento de competências é uma dimensão óbvia na formação de qualquer educador. Já fizemos aqui uma pequena discussão a respeito das competências essenciais do educador corporativo, mas é necessário voltar ao assunto, abordando os aspectos do relacionamento do educador com as técnicas que surgem cotidianamente.

São muitas as invenções no âmbito das tecnologias da informação e comunicação (TIC) que surgem neste início de milênio. Quando o educador imagina que está atualizado, aparecem novas soluções tecnológicas, exigindo permanente estado de alerta sobre como lidar com tamanha novidade.

Se se pensar no que seria importante para o educador aprender no campo das tecnologias, a lista de itens de aprendizagem seria imensa. Talvez seja necessário o educador fazer a si próprio perguntas como: esta tecnologia interessa para a educação? Que influências esta tecnologia trará para os ambientes de ensino-aprendizagem? Ou como estas tecnologias estão impactando na vida cotidiana das pessoas?

Você poderá criar mais questionamentos sobre seu processo de aprendizagem em relação às técnicas que vão surgindo. Lembre-se: o desenvolvimento educacional é sempre um estado permanente de reflexão sobre a vida profissional.

Para efeito deste artigo, vamos tratar de cinco dimensões essenciais em tecnologias que são necessárias o educador aprender.

Vamos lá?


A primeira dimensão é da Internet das Coisas (IOT). Hoje dispositivos pensantes estão em todo lugar e tempo: é o GPS acoplado no rádio do carro, a caixa de som que serve como nossa agenda ou mesmo um microchip instalado no nosso corpo para prover informações que poderão servir para melhorar nossa saúde.
A IOT não atua sozinha. Junto com ela vem uma verdadeira avalanche de soluções sofisticadas que se aproximam do que chamaríamos de inteligência humana inclutada dentro de máquinas: a Inteligência Artificial (IA).
Provavelmente em nosso celular, há uma aplicação que transforma em voz textos que a gente escreve, há outras que traduzem textos em linha cruzadas para diversos idiomas. Há aplicativos que conversam com a gente, e não percebemos que estamos traçando um diálogo com uma máquina. Os exemplos são numerosos.

Acha muito impactante haver essas soluções em IOT e IA? Pois é, por traz dessas duas invenções humanas, há uma mais antiga, que são os algoritmos. É esta solução, que já existe há muito tempo, que comanda e organiza os procedimentos das IA e está incorporada nos dispositivos da IOT.

Parece receita de bolo: junte-se uma pitada de IOT em um dispositivo de IA, construído sob um conjunto de algoritmos bem elaborado e é possível provocar na sociedade uma vida de alta conexão. As pessoas hoje, as que têm acesso à Internet, vivem com o celular na mão, imergem em jogos eletrônicos, buscam carros cheios de hardwares e softwares que não a deixem distante do mundo da cultura digital. É a tal da Hiperconectividade.

Pensa que acabou? A centrtalidade de repositório informações não está mais na cabeça do educador. Hoje existe Big Data, grandes quantidades de dados podem ser armazenados em máquinas superpoderosas, que organizam e direcionam muito da construção do conhecimento no mundo. Precisamos estar atentos. E fortes!
E o educador vai ficar longe de tudo isto que está acontecendo? Vai ficar em salas de aula com quadro branco promovendo aula expositivas o tempo todo?

Precisamos pensar sobre isto, pois ainda há educador que acha que é bom se apropriar de tecnologia por meio de procuração: “Ora quando preciso de alguma coisa de tecnologia, é só falar com o técnico da escola” ou “Não preciso aprender tecnologia. Já existem os programadores!”.

É claro que o educador não precisa ser um experto em TIC, mas quando essas tecnologias entram na sala de aula, o professor precisa repensar o assunto, pois os aparatos tecnológicos possuem uma potencialidade ambígua: ao mesmo tempo em que eles podem ajudar na promoção do homem, eles também podem ser usados para submeter esse mesmo homem a um processo, de difícil volta, de alienação.

Sendo assim a melhor forma de lidar com as TIC é compreendê-las bem e ter proficiência nos diversos usos que interessem à educação.

Este assunto ainda não vai terminar aqui. Temos muito o que conversar sobre este intrincado relacionamento homem x técnicas.

Isto ficará para uma próxima oportunidade.